Pensando nisso, aqui, você vai entender melhor como esse tratamento funciona e como pode ajudar no caso de crianças com lesão cerebral.
Boa leitura!
Estimulação precoce e lesão cerebral – O que esses termos significam?
Para começar a entender os resultados da estimulação, é preciso entender, primeiramente, o que é e como funciona esse tipo de tratamento.
Assim, a estimulação é um tratamento caracterizado por um conjunto de estímulos que visam desenvolver a motricidade e o funcionalmente cognitivo de crianças e lactentes.
Geralmente, o tratamento consiste em um programa amplo, realizado com o acompanhamento de diversos profissionais/áreas médicas.
Voltado para recém-nascidos e crianças com alguma deficiência, condição que aumentou diante dos casos de gestantes que contraíram o vírus Zika.
Ao mesmo tempo, você deve entender a plasticidade cerebral, algo comum em todas as idades.
Em síntese, a plasticidade é a capacidade cerebral de se adaptar de forma contínua a novas coisas, ou seja, de mudar de acordo com a necessidade.
Com isso, é possível continuar aprendendo e também lidar com as adversidades.
Em crianças que tem uma lesão no cérebro, as células que não foram danificadas podem assumir novas tarefas.
Em outras palavras, as células nervosas saudáveis conseguem realizar outras tarefas, que não eram delas. Sendo um processo chamado de plasticidade neuronal.
Dessa forma, as lesões cerebrais se caracterizam como um dano ao cérebro, que podem ocorrer independente da idade, e que podem gerar alguma deficiência.
As lesões podem ocorrer por diferentes fatores, como traumas, doenças ou acidentes vasculares.
Na paralisia cerebral, por exemplo, ocorrem alterações permanentes que afetam todo o desenvolvimento da criança, como a motricidade, cognição, movimento e até postura.
Está é uma das deficiências mais comuns na infância.
O que é estimulação precoce e como ela ajuda no caso de crianças com lesão cerebral?
Para cada caso, como paralisia ou lesão cerebral infantil, por exemplo, a estimulação precoce tem objetivos bem definidos, atuando de uma maneira ou outra.
E porque precoce?
Porque a estimulação é iniciada nos primeiros dias de vida, sendo comum até os três anos de idade. Lembrando que o tratamento envolve não apenas uma equipe multidisciplinar, mas também o conjunto familiar.
Em crianças com Síndrome de Down, também é indicado outros exercícios de rotina, como rolar a criança na cama e brincar mais na hora da alimentação.
Uma das coordenadoras da IFF/Fiocruz, Carla Trevisan, começar o tratamento de estimulação precoce pode garantir a aquisição de habilidades motoras.
Da mesma fora, facilita a postura e favorece a aquisição sensório-motor e neuropsicomotor. Ou seja, impacta diretamente no desenvolvimento da criança.
Justamente por isso, é indicado para quaisquer recém-nascidos que tenham lesão cerebral ou outras condições que prejudiquem o desenvolvimento, como a paralisia e doenças congênitas.
Em muitos casos, os profissionais de saúde começam a notar a necessidade da estimulação a partir da falha nos reflexos primitivos.
Nos casos de paralisia cerebral, a lesão mais comum em crianças, é possível sobreviver até a idade adulta.
Entretanto, mesmo sem cura, é essencial que a criança tenha um acompanhamento profissional bem como uma série de cuidados, como fisioterapia, fono, terapia ocupacional e, em alguns casos, medicações e cirurgias.
Já nas lesões mais simples, além de sobreviver, a criança pode se desenvolver mais naturalmente, alcançando seu potencial máximo e garantindo uma mais normal e com qualidade.
Quem são os profissionais envolvidos na estimulação precoce?
A equipe multidisciplinar, como são chamados, é um conjunto de pessoas capacitadas e que trabalham em equipe.
Isso quer dizer que a criança com lesão cerebral não terá apenas um médico ao lado dela, mas várias pessoas.
Além disso, é importante ressaltar a importância do trabalho com a família bem como o suporte dos familiares em relação a criança.
Dessa forma, a base para que esse tratamento tenha bons resultados não depende apenas da equipe, mas do apoio familiar, que incentiva e colabora com as atividades.
Assim, as Diretrizes sobre Estimulação Precoce no Brasil, um documento completo sobre o assunto, tem uma área voltada apenas para a equipe.
Então, de acordo com o documento, os profissionais que podem compor a equipe são:
⦁ Professores que tenham formação em psicologia, pedagogia ou educação física;
⦁ Psicólogos;
⦁ Fonoaudiólogos;
⦁ Assistentes sociais;
⦁ Fisioterapeuta;
⦁ TO ou Terapeuta Ocupacional;
⦁ Médicos, entre outros.
Vale destacar que a equipe é formada de acordo com a necessidade do paciente.
Justamente por isso, a estimulação também conta com optometristas, oftalmologistas e assim por diante.
Caso tenha interesse em saber mais sobre a caracterização dos profissionais, vale a pena conferir um artigo da REVEDUC/UFSCAR.
Atividades – Quais são as formas descomplicadas de colocar em prática
Os exercícios da estimulação precoce em crianças com lesão cerebral são voltados, principalmente, para o desenvolvimento motor.
Entretanto, grande parte das atividades também auxiliam na cognição, visão e no desenvolvimento de outros sentidos, como toque e sensibilidade.
Dessa forma, melhora a postura, contribuir para a capacidade visual, auxilia no desenvolvimento motor e nas percepções.
Algumas das atividades práticas e simples indicadas para crianças de até três meses consiste em:
⦁ Fazer massagens, principalmente nas mãos e pés da criança;
⦁ Brincar com os dedinhos, como na música infantil, pressionando levemente um de cada vez;
⦁ Rolar a criança na cala, sempre tendo as suas mãos de apoio;
⦁ Deitar a criança de barriga para cima e movimentar algo interessante acima dele, incentivando a mexer a cabeça.
Para crianças de até seis meses, você pode incluir na rotina:
⦁ Imitar o movimento de bicicleta com as pernas da criança, deitada de barriga para cima;
⦁ Usar as mãos da criança para bater palmas;
⦁ Ir colocando itens a frente do bebê para que ele tente tocar/alcançar.
Essa estimulação é um método de intervenção essencial para a criança, podendo ajudar rapidamente no desenvolvimento.
Inclusive, é um método aplicado também em crianças que nasceram com algum tipo de deficiência e síndromes.
Se tiver qualquer dúvida, é essencial procurar um médico especialista e conversar abertamente sobre o assunto.
Por fim, não deixe de conferir os demais posts aqui da página e aproveite para se inscrever no canal e ficar por dentro de todos os vídeos.