Além de ser um tema atual, o mesmo tem entrado em diversos estudos e rodas de discussões de profissionais, com uma alta demanda por dados mais concretos, pesquisas e atuações.
Boa leitura!
O que é a grafomotricidade na escrita?
Para começar, é importante entender onde tudo isso começa e como podemos definir o conceito apresentado no título.
Neste cenário, vamos imaginar como as crianças são inseridas no contexto das escolas.
Geralmente, as crianças começaram a frequentar a escolinha ao fazer quatro ano, alguns antes e outros mais tarde.
Em um primeiro momento, essas escolinhas tem como foco o ensino de regras e relações, limites e muitas brincadeiras.
Mas isso não significa que a criança não esteja aprendendo coisas realmente valiosas.
Afinal, através das brincadeiras, histórias e desse novo cenário, muito ensino é transmitido. Formando a base escolar.
Com o tempo, as crianças começam a aprender os movimentos finos, com massinhas, e depois com as letras, que é onde o processo de alfabetização tem um impulso maior.
E justamente aqui entra o conceito de grafomotricidade.
Em síntese, trata-se da expressão gráfica da escrita que visa facilitar o aprendizado e evitar possíveis problemas.
Mas o que isso quer dizer na prática?
De forma simples, isso quer dizer que a criança vai aprender uma série de coisas para que o ensino seja mais efetivo e sem desconfortos.
Como segurar o lápis corretamente, a pressão para escrever ou desenhar.
É importante destacar que essa ideia toda não começa a surgir apenas quando a criança começa a escrever, mas muito antes disso.
Essa grafomotricidade também faz parte de todo o processo de brincadeiras, como desenhar, segurar coisas, desenhar com gizes e assim por diante.
Como acontece o desenvolvimento?
O desenvolvimento dessa habilidade acontece aos poucos, a partir de uma série de passos que são ensinados aos pequenos.
De acordo com Nunez, existem quatro níveis de aprendizado, começando pelo sensorial e seguindo até o expressivo.
Logo, é algo gradativo e crescente.
Nos primeiros três anos, tudo isso acontece de forma mais livre, onde a criança não precisa saber manipular os objetos ou ainda tem dificuldades em algumas atividades.
Depois, começam o ensino de garatujas em espiral, círculos e outras formas geométricas simples.
A partir disso, a criança também começa a desenhar formas humanas, claro que com limitações, como o conhecido “desenho palito”.
Já a grafia, escrita, só é ensinada a partir dos quatro ou cinco anos, com diversos treinos para estimular a coordenação motora.
Pense que, primeiramente, a criança precisa aprender a controlar os movimentos para chegar a um resultado, como uma letra.
Só depois disso, estará melhor preparada para tornar a escrita mais bonita e fazer desenhos mais complexos.
Como a grafomotricidade determina a escrita do seu filho no início da aprendizagem?
Como você percebeu, o tema não é algo estático, mas sim desenvolvido ao longo dos anos.
Com isso, a grafomotricidade determina a escrita do seu filho no início da aprendizagem porque garante um passo a passo, um treinamento.
Mais importante que isso, essa técnica constrói diversas funções neurológicas e impactam na musculatura.
O resultado, é que a criança começa a aprender como realizar os movimentos motores da escrita com mais assertividade.
Assim, crianças que não passam por isso podem apresentar diversos desconfortos ao tentar desenhar ou escrever.
Portanto, torna o processo doloroso e irritante, dificultando o aprendizado e o desenvolvimento.
Crianças hiperativas, por exemplo, podem ter alguma dificuldade ao começar a aprender a escrita.
Algo que pode ser melhorado através da grafomotricidade e do acompanhamento com um optometrista.
Já que problemas oculares também influenciam no desenvolvimento e existe uma relação entre esses dois fatores.
Dicas de grafomotriciade
Para finalizar, existem algumas dicas práticas para você observar e impulsionar o desenvolvimento de crianças desde os primeiros anos de vida.
Dica 1#
Uma das dicas mais importantes é entender que as crianças não devem começar a aprender sobre motricidade com as mãos.
Isso porque, primeiramente, é preciso que elas desenvolvem uma consciência sobre o corpo.
A consciência corporal é essencial para um desenvolvimento saudável bem como para que outros ensinos aconteçam.
Inclusive, a maneira como a criança entende a coordenação motora do corpo, limite e força, influencia na escrita.
Portanto, é importante começar através dessa percepção.
Dica 2#
O tônus muscular é muito importante para a escrita e isso também evidencia outras questões.
Uma criança que nunca escreveu ou ficou desenhando, terá dificuldade para segurar o lápis ou ficar naquela atividade por muito tempo.
Sendo assim, a grafomotricidade auxilia para que o tônus fique mais forte.
Durante a escrita ou mesmo um desenho, a criança precisa usar dois mecanismos: a preensão e a pressão.
Assim, pode ser que demore um pouco mais para que esses aspectos alcancem um pico que permita a firmeza nas mãos.
Para tanto, é preciso ter calma e ir desenvolvendo esse tônus.
Dica 3#
Por fim, é importante destacar que a grafomotricidade depende também da coordenação motora fina, que deve ser incentivada e treinada.
Neste cenário, o ideal é ir além dos lápis comuns e oferecer tintas, colagens, barbantes, gizes e outros itens para a criança.
Tudo isso melhora a coordenação motora fina, melhorando e desenvolvendo os movimentos.
Isso tudo ao mesmo tempo que a criança brinca, corre, pula, descansa e se alimenta bem.
No início da aprendizagem, a grafomotricidade será essencial para desenvolver todas essas habilidades e melhorar a escrita.
Ao mesmo tempo, a criança terá mais autonomia e pode alcançar resultados maiores, de forma simples e exercitar-se de formas diferentes e realmente divertidas.
Lembre-se que as crianças não querem apenas ficar sentadas em uma cadeira, mas aproveitar o dia e brincar muito.
Então, aproveite todos os momentos e usufrua ao máximo.
Inclusive, os cadernos de caligrafia podem ser inseridos entre o terceiro e quarto ano.
Antes disso, o foco deve estar em melhorar a organização da letra e observar o emocional e individual da criança.
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